Logo que o PLC surgiu, houve uma grande necessidade de centralização. Todo sensor e todo atuador deveria ter um cabo que era ligado diretamente para o PLC. Desta forma, se você tivesse dez dispositivos a 500 m de distância do controlador, você gastaria 5.000m de cabo e muitas horas de instalação.
A primeira ideia de distribuição para facilitar a montagem e manutenção foram as caixas de passagem ou caixas de bornes, como também são conhecidas. Apesar de não alterar a lógica (o dispositivo ainda é conectado diretamente ao PLC), a instalação é distribuída e o cabo sai do dispositivo vai para uma caixa onde são agrupados diversos dispositivos e um único cabo vai para o PLC. Essa ideia é muito boa, mas se não for feita da maneira adequada, a montagem de uma caixa de bornes pode significar uma grande dor de cabeça
Faça um projeto bem feito
No projeto elétrico da máquina a caixa e todas suas conexões devem estar previstas. Nas páginas de circuito, onde aparece a interligação do dispositivo com o PLC, pelo menos um pequeno círculo com a identificação do terminal deve aparecer. Esta pequena indicação ajudará na análise de falhas e reformas em toda a vida útil da máquina. Uma página que representa toda a caixa também deve existir. Essa página será crucial para a montagem.
A lista de material será importante para a compra correta dos materiais. Se for feita com exagero significará compras desnecessárias, se faltar alguma coisa pode significar compra em cima da hora, e até atraso da montagem (mais prejuízos).
Aqui a dica é usar um software de projetos, Eplan do meu amigo Gilson Brandão e E3 do meu também amigo Lucas Leão (veja mais em http://www.cim-team.com.br/blog-engenharia-eletrica-moderna).
Identifique bem
Um ponto crucial para todo painel elétrico e também para as caixas de passagem é a identificação. A régua, cada borne e cada fio conectado devem ser identificados. É lógico que esta tarefa deve começar no projeto e deve ser muito respeitada na montagem. Quando falta uma identificação, podemos pensar: “Só falta uma, ninguém vai notar”. Mas você deixaria seu filho sem a devida identificação na Maternidade? Seria só ele…
Crie uma linha de montagem
Quanto mais puder ser divididas as etapas do trabalho melhor. Se você vai cortar os fios, corte-os todos de uma só vez. Se vai fixar os bornes, fixe-os todos. Se vai furar a caixa, fure-a de uma única vez.
Na hora de montar, tenha foco
Chegou a hora de montar: pegue todos os materiais necessários, todas as ferramentas e EPIs necessários, o projeto elétrico e vá para a estação de trabalho. Não tente essa hora entender o funcionamento, não deixe uma ferramenta ou material para buscar depois. Essa hora, só monte.
Compre pronto
Eu sou favorável de comprar a caixa de bornes já 100% pronta, a prova de água, testada e com conectores, o Raphael Calegari fala um pouco sobre isso no post Caixa de passagem ainda persiste, mas se não for esse o caso, tente comprar outras coisas prontas, por exemplo, alguns fabricantes de caixas já vendem a caixa furada, pode economizar tempo de montagem. Outros fabricantes vendem as réguas montadas. Alguns ainda vendem a régua montada dentro de uma caixa furada…
Ou procure produtos que diminuam o trabalho. O borne mola é melhor, mais fácil e mais rápido que o borne parafuso. Os Prensa Cabos Multicabos diminuem a quantidade de furos no painel e economizam até 70% do trabalho.
Enfim, espero que monte sua caixa de bornes da melhor forma possível.
Tem outras dicas, deixe nos comentários!!!
Para saber da real possibilidade e da viabilidade técnica das novas aplicações, pergunte para a Engenharia de Aplicação Murrelektronik, teremos um grande prazer em atendê-lo.
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