O conceito de Automação Industrial é aplicado cada vez mais, nas empresas preocupadas em melhorar a sua produtividade, reduzindo ao mesmo tempo os custos, atuando no sistema organizacional e produtivo da empresa.
Você já parou para pensar como que a automação faz parte da vida do homem moderno? Vejamos: Pela manhã, o celular automaticamente dispara o alarme para acordá-lo. Nessa mesma hora, alguém esquenta o pão para o café da manhã numa torradeira elétrica, ajustando o tempo de aquecimento para tostar o pão. Assim como a cafeteria já esta funcionando a todo vapor, fumegando um café fresquinho para começar o dia. Na sala, uma criança liga a TV e acessa o Netflix, que foi programado para ela assistir apenas os canais infantis. Quando a temperatura da casa aumenta devido as condições climáticas, automaticamente o ar condicionado é acionado, mantendo a temperatura agradável.
Esses simples fatos evidenciam como a automação faz parte da vida cotidiana, imagina como tudo isso pode funcionar em uma empresa/fabrica?!?!
Mas afinal o que é Automação Industrial?
A palavra Automação está diretamente ligada ao controle automático, ou seja, ações que não dependem da interferência humana. Este conceito é discutível, pois a “mão do homem” sempre será necessária, pois sem ela não seria possível a construção e implementação dos processos automáticos. Entretanto não é o objetivo deste post entrar nesse tipo de abordagem filosófica.
Continuando, a Automação Industrial é uma área de pesquisa que vem ampliando sua atuação gradativamente nos últimos anos. O uso de dispositivos e a aplicação de soluções desenvolvidas em automação industrial tem grande repercussão, sobretudo no setor industrial. As aplicações não se resumem a substituir o trabalho humano em tarefas exaustivas, monótonas e perigosas; elas trazem melhoria na qualidade de processos, otimização dos espaços, redução no tempo de produção e custos.
Tudo tem um começo…
Com a Revolução Industrial foi posto um marco transitório entre uma sociedade que predominava a produção de bens de consumo de forma artesanal e agrícola, para uma sociedade, industrialmente, mais produtiva, voltada para os avanços tecnológicos capazes de afetar as técnicas e o processo de produção, bem como, alterar as relações de mercado, além de modificar radicalmente as formas de organização social e provocar uma descontinuidade nos status políticos, econômicos e culturais (SILVEIRA; SANTOS, 1998).
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, em meados do século XVIII. Caracterizou-se, basicamente, pela introdução de máquinas simples que substituíam a força muscular pela mecânica e extinguiam os esforços repetitivos executados por homens. Estas mudanças deram origem à era industrial. Pode-se dizer que na era industrial ocorreu o primeiro surgimento dos processos automatizados, transformando mercados, sociedades e modificando a qualidade de vida das pessoas.
Após a II Guerra Mundial, os processos de manufatura passaram a contar com máquinas apropriadas e dispositivos de comando numéricos. A indústria de processos, por sua vez, começava a tirar proveitos de sistemas de controle, inicialmente pneumáticos e posteriormente eletrônicos.
No início da década de 70, disponibiliza-se à automação industrial o microcontrolador. Com o subsequente barateamento do hardware, na década de 80, tornou-se massiva a utilização do computador em todos os setores do ambiente industrial, desde a supervisão e controle de processos ate o nível gerencial. Surgem os sistemas de planejamento da produção, equipamentos e materiais — os chamados CAP, Computer Aided Planning/Production —, acompanhados pelos sistemas de projeto de produtos — os CAD, Computer Aided Design —, e de fabricação assistida — os CAM, Computer Aided Manufacturing.
As tendências iniciadas na década de 90, conservadas até os dias atuais, caracterizam-se pelo aparecimento de sistemas distribuídos abertos.
Exemplo da evolução da automatização ao longo dos tempos:
Espero que tenham gostado desse primeiro post da série, “Entendendo (um pouco) o que é Automação Industrial”.