Manutenção em máquina com caixa de passagem

Já abordamos em alguns artigos a manutenção em máquina. Uma hora dessas, você já sabe que existe manutenção corretiva, preventiva e preditiva… falamos um pouco sobre a diferença entre elas  (Descubra quanto tempo perdemos com falhas), sobre como economizar tempo e dinheiro com a manutenção preventiva (Manutenção Preventiva = Economia de tempo e dinheiro) e sobre como o diagnóstico pode ajudar a manutenção (Manutenção Elétrica e Manutenção Mecânica). Agora vou fazer uma abordagem um pouco mais prática. Como deve acontecer a manutenção em máquinas que possuam caixa de passagem.

Caixa de passagem na manutenção corretiva

                Se ocorrer um curto circuito que tira a energia de toda a máquina e você não consegue identificar onde está o curto porque a seletividade não funcionou corretamente (Disjuntor AC em circuito DC? Cuidado! É uma cilada!), vá até a caixa de passagem.

                Curtos circuitos normalmente acontecem fora do Painel, no campo e como a caixa de bornes possui a concentração de todos os pontos, talvez seja mais fácil você encontrar o ponto com falha a partir de lá. Eu recomendo que você desconecte todos os pontos e religue a máquina. Se ela se energizar, você conseguiu restringir onde está a falha. Conecte os pontos um a um e quando a maquina falhar novamente você estará com o cabo defeituoso nas mãos. Lembre-se de se atentar a todas normas de segurança, inclusive NR10 e NR12.

                Mas também a máquina pode não se desligar… Neste caso, quando uma válvula entra em curto (Curto Circuito em Válvulas, isso vai acontecer com você), o cabo de um sensor quebra ou um equipamento queima você consegue perceber com que dispositivo o CLP não está se comunicando. Mas onde está a falha? No dispositivo? No cabo até a caixa de passagem? Em algum borne?

                Como diz a regra de suporte técnico que tenho e qualquer dia vou escrever um post: Crie hipótese, planeje testes para refutar ou comprová-las e comece pelas mais fáceis. Veja este exemplo:

Situação: Operador chamou manutenção e a máquina está parada. Consigo ver que o sensor de fim de curso está aberto e mesmo que eu coloque um equipamento em frente a informação não chega ao CLP. Esse sensor está ligado em uma caixa de passagem.

Hipóteses: Problema no sensor, problema no cabo, problema na caixa de passagem.

Testes: Para testar o problema no sensor posso tirá-lo de lá e coloca-lo em outro lugar? Para testar a caixa posso ver se o led do borne acende (se não possuir led, usar o multímetro)? Para testar o cabo posso passar outro cabo por fora?

                Veja que a caixa de passagem apesar de ser passiva é um elemento que também falha e por isso deve ser sempre levado em consideração na criação das hipóteses.

Caixa de passagem na manutenção preventiva

                Na manutenção preventiva as caixas de passagem devem ser sempre verificadas. Os bornes com parafusos devem ser reapertados, a caixa deve ser limpa e os cabos devem ser organizados.

                Quando eu falo que os cabos devem ser organizados, eles não podem estar enrolados como bobinas. Cabos desta maneira podem trazer uma série de problemas para a aplicação. Atrapalham redes de comunicação e já vi até incêndios se iniciarem com esta montagem de cabos.

                No planejamento da manutenção preventiva também deve-se verificar se muitos cabos e bornes estão oxidando. Essa oxidação pode trazer mal contato e um “economia” na manutenção preventiva pode gerar mais manutenção corretiva e menor disponibilidade.

Caixa de passagem na manutenção preditiva

                Para a caixa de passagem tradicional existem poucos equipamentos que medem parâmetros que apontem possíveis desvios no funcionamento da caixa de passagem. Mas a maioria dos distribuidores passivos IP67 (Caixas de passagem prontas) já possuem leds de status e alguns possuem até leds e comunicação com o clp que indicam curto-circuito. Nesta linha também os Módulos de IO Remoto IP67, que além de substituírem as caixas de passagem, substituem o cartão do CLP, relés, diminuem o painel entre outros. Mas isso é assunto para outro post.

Quando mostrei esse post para o Lucas Mendonça ele teve a ideia de criar um comparativo entre as caixas de bornes de os distribuidores IP67. Esse será nosso próximo post! Aguarde.

ara saber da real possibilidade e da viabilidade técnica das novas aplicações, pergunte para a Engenharia de Aplicação Murrelektronik, teremos um grande prazer em atendê-lo.

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