Nós vivemos em um momento de grande desenvolvimento da automação industrial. Neste cenário, a comunicação entre sistemas em tempo real se tornou uma necessidade, e foi daí que surgiu o Protocolo HART, um protocolo bidirecional com uma enorme variedade de aplicações em campo.
HART é a sigla para o termo em língua inglesa Highway Addressable Remote Transducer, que em português significa Via de Dados Endereçável por Transdutor Remoto. Em suma, é utilizado em plantas industriais para controlar tanto o envio, quanto o recebimento de dados digitais por meio de cabos analógicos entre sistemas centralizados (host) e também dispositivos inteligentes.
A história do Protocolo HART
A história do Protocolo HART data da década de 1980, quando a Rosemount Inc. notou a necessidade do desenvolvimento de uma comunicação entre sistemas que acontecesse em tempo real. Na época, foi o primeiro protocolo de comunicação bidirecional digital que não afetava o sinal analógico.
Depois de alguns anos, os direitos foram liberados e, em 1993, os dados do protocolo se tornaram abertos e disponibilizados gratuitamente para qualquer tipo de fabricante que desejasse utilizá-lo. Neste momento, o padrão foi então disposto na HART Communication Foundation. Hoje, o sistema é mundialmente conhecido pela grande quantidade de aplicações no meio industrial e passa sempre por revisões e aprimoramentos, sempre buscando um serviço cada vez melhor.
Benefícios, aplicações e funções na indústria
Como já citado, as aplicações do Protocolo HART na indústria são muitas. O mais interessante desse sistema é que ele funciona por meio de uma relação mestre/escravo. Ou seja, o “escravo”, que é o instrumento de campo, somente responde ao “mestre”, quando for questionado.
Confira algumas aplicações e funcionalidades dos comandos do protocolo:
- identificação de endereço polling, TAGs, descrição, mensagem, data, etc;
- corrente de loop, PV, SV, TV, QV;
- comando 9, onde o usuário escolhe o código da variável a ser monitorada;
- calibração da corrente de loop;
- configurações da PV;
- reinicialização do equipamento;
- corrente de saída fixa;
- modo burst.
Na versão 7 do protocolo foi implantada uma novidade bastante interessante para os usuários, a definição de um modelo sem fio, o WirelessHART o que trouxe ainda mais benefícios para as plantas industriais da atualidade.
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